segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Aumento da quantidade, mas e a qualidade?


Com a corrida eleitoral, vêm à tona, as principais queixas da população em relação às cidades. Um assunto que é muito decorrente, além da segurança pública, é o trânsito, principal plataforma política de alguns candidatos.

Na contramão da idéia que se tem do uso do transporte público, vem a pesquisa Origem/Destino divulgada pelo jornal Folha de São Paulo, que mostra um resultado diferente dos últimos 40 anos.

Todos os dias ocorrem 37,6 milhões de viagens, dentre elas 66,4% são motorizadas e o restante das viagens ocorre a pé ou de bicicleta. Desse percentual motorizado, a pesquisa aponta que, 55% são feitas por meio de transportes públicos (metrô, trem, ônibus) e 45% por transporte privado (carro, moto, caminhão etc).

Dados anteriores mostram que o uso de transporte privado já chegou a superar o uso de transporte público, porém, com um menor número de veículos circulando na cidade. Esse aumento de usuários foi apontado como decorrente do aumento de renda e de oferta de transporte público.

Apesar da ampliação de veículos públicos, o número e a qualidade do transporte ainda são insuficientes. Como mostra a manchete do Jornal da Tarde, que aponta o metrô de São Paulo como sendo o mais lotado do mundo.

Qualidade e quantidade não andam, necessariamente, juntas. Muitas vezes o cidadão tem de escolher entre: ficar no conforto de seu veículo particular, mas passar horas no trânsito; ou abrir mão desse e conforto e disputar um espaço no transporte coletivo. Eis o dilema diário do trabalhador das grandes metrópoles.

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